Biografia de Autores




Casimiro de Abreu
Casimiro de Abreu (1839-1860) foi um poeta brasileiro. Autor de "Meus Oito Anos", um dos poemas mais populares da literatura brasileira. Pertence a segunda geração do romantismo. Vai com o pai para Portugal, onde inicia sua vida literária. É nesse período que escreve a maior parte dos poemas de seu único livro "Primavera". Escreve a peça "Camões e o Jau", que é encenada no Teatro D. Fernando, em Lisboa. Casimiro é patrono da cadeira nº 6 da Academia Brasileira de Letras.

Casimiro de Abreu (1839-1860) Nasceu em Barra de São João, Estado do Rio de Janeiro, no dia 4 de janeiro. Era filho do rico comerciante português, José Joaquim Marques de Abreu. Com apenas 13 anos, por ordem do pai, seguiu para o Rio de janeiro, para trabalhar no comércio. Com difícil adaptação, acompanha o pai em viagem para Portugal, em novembro de 1853.

Viveu três anos em Portugal, onde iniciou sua carreira literária e escreveu a maior parte de seus poemas. No dia 18 de janeiro de 1856, sua peça "Camões e o Jau", é encenada no Teatro D. Fernando, em Lisboa. Em julho de 1857, volta para o Brasil e conhece vários intelectuais, faz amizade com Machado de Assis, ambos com 18 anos de idade.

Casimiro de Abreu escreveu pouco, mas, seu lirismo de adolescente retratado em sua poesia, que girava em torno do amor, da tristeza da vida, da saudade da Pátria e da saudade da infância, o tornou o poeta mais popular da literatura brasileira. Seu poema "Meus oito anos", escrito em Lisboa em 1857, retrata bem a nostalgia da infância: Oh! que saudades que tenho/Da aurora de minha vida,/Da minha infância querida/Que os anos não trazem mais!/Que amor, que sonhos, que flores,/Naquelas tardes fagueiras/A sombra das bananeiras,/Debaixo dos laranjais!.
 
Casimiro José Marques de Abreu, não resiste a doença e morre com apenas 21 anos, no dia 18 de outubro de 1860, em Nova Friburgo, Rio de Janeiro.


Por: Gean Cardoso




Castro Alves

Castro Alves (1847-1871) foi um poeta brasileiro. O último grande poeta da terceira geração romântica no Brasil. Expressou em suas poesias a indignação aos graves problemas sociais de seu tempo. Denunciou a crueldade da escravidão e clamou pela liberdade, dando ao romantismo um sentido social e revolucionário que o aproxima do realismo. Foi também o poeta do amor, sua poesia amorosa descreve a beleza e a sedução do corpo da mulher. É patrono da cadeira nº7 da Academia Brasileira de Letras.
Castro Alves (1847-1871) nasceu na fazenda Cabaceiras, antiga freguesia de Muritiba, perto da vila de Curralinho, hoje cidade Castro Alves, no Estado da Bahia, em 14 de março de 1847. Filho do médico Antônio José Alves, e também professor da Faculdade de Medicina de Salvador, e de Clélia Brasília da Silva Castro.
No ano de 1853, vai com sua família morar em Salvador. Estudou no colégio de Abílio César Borges, onde foi colega de Rui Barbosa, Demonstrou vocação apaixonada e precoce pela poesia. Em 1859 perde sua mãe. Em 24 de janeiro de 1862 seu pai casa com Maria Rosário Guimarães e nesse mesmo ano foi morar no Recife. A capital pernambucana efervecia com os ideais abolicionistas e republicanos e Castro Alves recebe influências do líder estudantil Tobias Barreto.


Antônio Frederico de Castro Alves, morre em Salvador no dia 6 de julho de 1871, vitimado pela tuberculose.


Poesias de Castro Alves
A Canção do Africano
A Cachoeira de Paulo Afonso
Adormecida
Amar e Ser Amado
Amemos! Dama Negra
As Duas Flores
Espumas Flutuantes
Hinos do Equador
Minhas Saudades
O "Adeus" de Teresa
O Coração
O Laço de Fita
O Navio Negreiro
Ode ao Dois de Julho
Os Anjos da Meia Noite
Vozes da África

 



Por: Gean Cardoso
Gonçalves Dias


Antônio Gonçalves Dias nasceu em Caxias (MA) em 10 de agosto de 1823. Era mestiço, filho de um comerciante português com uma cafuza (mestiça de negro e índio). Quando foi estudar Direito em Coimbra, conheceu alguns escritores românticos portugueses, com quem estabeleceu relações importantes para a sua formação intelectual como poeta.
Ainda em Portugal, escreveu sua famosa poesia “Canção do exílio”, a qual mostra o saudosismo do autor em regressar ao Brasil. De volta ao país de origem, tem alguns casos amorosos e vive uma paixão por Ana Amélia. No entanto, a mão da jovem é recusada pelo fato de Gonçalves Dias ser mestiço. Acometido por doenças regressa à Europa em busca de tratamento. Na volta ao Brasil, o poeta morre nas costas do Maranhão, no naufrágio do Ville de Boulogne, navio no qual estava no dia 3 de novembro de 1864.
É também, junto com Gonçalves de Magalhães, introdutor do Romantismo no Brasil. Sua obra abrange o nacionalismo de duas formas: na exaltação da pátria e na figura do índio. Na obra de Gonçalves Dias o índio é valente e digno de honra e os colonizadores são figurados como destruidores. Ainda em sua temática podemos notar outros temas do Romantismo, como o amor, a saudade, a melancolia. Além disso, compôs poesias sobre a natureza e a religiosidade. 

Veja o poema “Canção do exílio”, no qual há o explícito saudosismo e nacionalismo do autor:
Minha terra tem palmeiras, 
Onde canta o Sabiá; 
As aves, que aqui gorjeiam, 
Não gorjeiam como lá. 
Nosso céu tem mais estrelas, 
Nossas várzeas têm mais flores, 
Nossos bosques têm mais vida, 
Nossa vida mais amores. 
Em cismar, sozinho, à noite, 
Mais prazer eu encontro lá; 
Minha terra tem palmeiras, 
Onde canta o Sabiá. 
Minha terra tem primores, 
Que tais não encontro eu cá; 
Em cismar –sozinho, à noite– 
Mais prazer eu encontro lá; 
Minha terra tem palmeiras, 
Onde canta o Sabiá. 
Não permita Deus que eu morra, 
Sem que eu volte para lá; 
Sem que desfrute os primores 
Que não encontro por cá; 
Sem qu'inda aviste as palmeiras, 
Onde canta o Sabiá.

Obras: Poesia: Primeiros cantos (1846); Segundos cantos (1848); Sextilhas de frei Antão (1848); Últimos cantos (1851); Os timbiras (1857). 
Teatro: Beatriz Cenci (1843); Leonor de Mendonça (1847). 
Outros: Brasil e Oceania (1852); Dicionário da língua tupi (1858).

Por: Fernanda Lima

10/08/2012
Por Sabrina Vilarinho
Graduada em Letras
Equipe Brasil Escola








Vinicius de Moraes

Vinicius de Moraes (Rio de Janeiro, 19 de outubro de 1913 — Rio de Janeiro, 9 de julho de 1980) foi um diplomata, dramaturgo, jornalista,poeta e compositor brasileiro.
Poeta essencialmente lírico, também conhecido como "poetinha"[3], apelido que lhe teria atribuído Tom Jobim[4], notabilizou-se pelos seussonetos. Conhecido como um boêmio inveterado, fumante e apreciador do uísque, era também conhecido por ser um grande conquistador. Opoetinha casou-se por nove vezes ao longo de sua vida e suas esposas foram, respectivamente: Beatriz Azevedo de Melo (mais conhecida comoTati de Moraes), Regina Pederneiras, Lila Bôscoli, Maria Lúcia Proença, Nelita de Abreu, Cristina Gurjão, Gesse Gessy, Marta Rodrigues Santamaria (a Martita) e Gilda de Queirós Mattoso.
Sua obra é vasta, passando pela literatura, teatro, cinema e música. No campo musical, o poetinha teve como principais parceiros Tom Jobim,Toquinho, Baden Powell, João Gilberto, Chico Buarque e Carlos Lyra.
Carreira Artistica:Na década de 1940 suas obras literárias foram marcadas por versos em linguagem mais simples, sensual e, por vezes, carregados de temas sociais. Vinicius de Moraes publicou os livros Cinco Elegias (1943), que marcou esta nova fase, e Poemas, Sonetos e Baladas (1946); obra ilustrada com 22 desenhos de Carlos Leão. Atuando como jornalista e crítico de cinema em diversos jornais, Vinicius lançou em 1947, com Alex Vianny, a revista Filme. Dois anos depois, publicou em Barcelona o livro Pátria Minha.
De volta ao Brasil no início dos anos 1950, após servir ao Itamaraty nos Estados Unidos, Vinicius começou a trabalhar no jornal Última Hora, exercendo funções burocráticas na sede doMinistério das Relações Exteriores.
Em 1953 Aracy de Almeida gravou "Quando Tu Passas Por Mim", primeiro samba de sua autoria. Escrita com Antônio Maria, a canção foi dedicado à esposa Tati de Moraes - e marcava também o fim do seu casamento. Ainda naquele ano, Vinícus foi para Paris como segundo secretário da embaixada brasileira. Aracy de Almeida também gravou "Dobrado de Amor a São Paulo" (outra parceria com Antônio Maria), em 1954.
Obras:A obra artística de Vinicius de Moraes se inicia no início da década de 1930, quando o poeta lançou o livro "O Caminho para a Distância". A partir de então, Vinicius caminharia pelos campos da literatura, música e teatro

Livros:
O Caminho para a Distância (1933)
Forma e Exegese (1935)
Ariana, a Mulher (1936)
Novos Poemas (1938)
Cinco Elegias (1943)
Poemas, Sonetos e Baladas (1946), também conhecido como O Encontro do Cotidiano (1968)
Pátria Minha (1949)
Antologia Poética (1954)
Livro de Sonetos (1957)
Novos Poemas (II) (1959)
Para Viver um Grande Amor (Crônicas e Poemas) (1962)
A Arca de Noé; Poemas Infantis (1970)
Poesia Completa e Prosa (1998)
As vinte moedas (1998)

Teatro:
"As Feras"
"Cordélia e o Peregrino"
"Orfeu da Conceição"
"Procura-se uma Rosa"
As doze bailarinas
Como ser Bode

Fonte: Wikipedia.com
Por: Kezia Thaynara





Oswald de Andrade


Oswald de Andrade (1890-1954), foi um escritor, poeta e dramaturgo brasileiro. Tornou-se um dos principais vultos do modernismo, que foi caracterizado por um amplo movimento artístico iniciado em 1922. Era um homem polêmico irônico e gozador, teve uma vida atribulada, vários amigos e inimigos, alguns casamentos, com destaque para dois: a pintora Tarsila do Amaral e a militante política Patrícia Galvão, a Pagu. Foi figura fundamental nos principais acontecimentos da vida cultural brasileira. Era militante político sendo idealizador dos principais manifestos modernistas. Ao lado da pintora Anita Malfatti, do escritor Mario de Andrade e de outros intelectuais, organizou a Semana de Arte Moderna de 1922.

José Oswald de Sousa Andrade nasceu em São Paulo no dia 11 de janeiro de 1890. Filho único de José Oswald Nogueira de Andrade e Inês Henriqueta Inglês de Sousa Andrade. Formou-se em Direito pela Faculdade do Largo São Francisco. De família rica, fez várias viagens à Europa, onde entra em contato com os movimentos de vanguarda. Estudou jornalismo literário e em 1911 iniciou sua vida literária no jornal humorístico "O Pirralho" que ele mesmo fundou. O semanário que circulou até 1917, contava entre seus colaboradores, com o pintor Di Cavalcanti.

Em 1912, quando retornou de sua primeira viagem à Europa, adota as idéias futuristas e, desde então, tornou-se um dos principais vultos do modernismo.

Em 1916 lança a primeira redação do romance "Memórias sentimentais de João Miramar", romance que quebra toda a estrutura dos romances tradicionais, pois apresenta capítulo curtíssimos e semi-independentes, num misto de prosa e poesia, que no final da leitura formam um grande painel.

Oswald de Andrade lança em 18 de março de 1924, um dos mais importantes manifestos do modernismo "Pau-Brasil", publicado no Correio da Manhã. Explicando o nome do manifesto , o autor diz "pensei em fazer uma poesia de exportação. Como o pau-brasil foi a primeira riqueza brasileira exportada, denominei o movimento Pau-Brasil".

Em 1925 Oswald de Andrade lança o livro de poemas Pau-Brasil, em que põe em prática os princípios propostos no manifesto. O livro Pau-Brasil foi ilustrado por Tarsila do Amaral e Oswald de Andrade apresenta uma literatura extremamente vinculada à realidade brasileira, a partir de uma redescoberta do Brasil.

Em 1926 casa-se com a pintora Tarsila do Amaral. Dois anos depois, radicalizando o movimento nativista, o seu "Manifesto Antropofágico" propõe que o Brasil devore a cultura estrangeira e crie uma cultura revolucionária própria. Nessa época, rompe com Mário de Andrade, separa-se de Tarsila do Amaral e casa-se com a escritora e militante política Patrícia Galvão, a Pagu. Em 1944, mais um casamento, com Maria Antonieta D'Aikmin, com quem permanece casado até o fim de sua vida. Morre em São Paulo, no dia 22 de outubro de 1954.

Principais Obras:

Poesia: Pau Brasil (1925).
Romances: Os condenados (1922);
Memórias sentimentais de João Miramar (1924);
Estrela de Absinto (1927);
Serafim Ponte Grande (1933);
Marco zero I - A revolução melancólica (1943);
Marco zero II - Chão (1946).
Teatro: O homem e o cavalo (1934);
A morta (1937);
O rei da vela (1937). 


 Por: Gean Vinicius



Cecília Meireles



Cecília Meireles Cecília Benevides de Carvalho Meireles (Rio de Janeiro, 7 de novembro de1901 — Rio de Janeiro, 9 de novembro de 1964) foi uma poetisa, pintora,professora e jornalista brasileira. É considerada uma das vozes líricas mais importantes das literaturas de língua portuguesa.

Biografia
 Órfã de pai e de mãe, Cecília foi criada por sua avó portuguesa, D. Jacinta Garcia Benevides. Aos nove anos, ela começou a escrever poesia. Frequentou a Escola Normal no Rio de Janeiro, entre os anos de 1913 e 1916 e estudou línguas,literatura, música, folclore e teoria educacional. Em 1919, aos dezoito anos de idade, Cecília Meireles publicou seu primeiro livro de poesias, Espectros, um conjunto de sonetos simbolistas. Embora vivesse sob a influência do Modernismo, apresentava ainda, em sua obra, heranças do Simbolismo e técnicas do Classicismo, Gongorismo, Romantismo, Parnasianismo, Realismo e Surrealismo, razão pela qual a sua poesia é considerada atemporal. No ano de 1922, ela se casou com o artista plástico português Fernando Correia Dias, com quem teve três filhas. Seu marido, que sofria de depressão aguda, suicidou-se em 1935. Voltou a se casar, no ano de 1940, quando se uniu ao professor e engenheiro agrônomo Heitor Vinícius da Silveira Grilo, falecido em 1972. Dentre as três filhas que teve, a mais conhecida é Maria Fernanda que se tornou atriz de sucesso.
Teve ainda importante atuação como jornalista, com publicações diárias sobre problemas na educação, área à qual se manteve ligada, tendo fundado, em 1934, a primeira biblioteca infantil do Brasil. Observa-se ainda seu amplo reconhecimento na poesia infantil com textos como Leilão de Jardim, O Cavalinho Branco, Colar de Carolina, O mosquito escreve, Sonhos da menina, O menino azul e A pombinha da mata, entre outros. Com eles traz para a poesia infantil a musicalidade característica de sua poesia, explorando versos regulares, a combinação de diferentes metros, o verso livre, a aliteração, a assonância e a rima. Os poemas infantis não ficam restritos à leitura infantil, permitindo diferentes níveis de leitura.
Em 1923, publicou Nunca Mais… e Poema dos Poemas, e, em 1925, Baladas Para El-Rei. Após longo período, em 1939, publicouViagem, livro com o qual ganhou o Prêmio de Poesia da Academia Brasileira de Letras.Católica, escreveu textos em homenagem a santos, como Pequeno Oratório de Santa Clara, de 1955; O Romance de Santa Cecília e outros.
Nos Açores, de onde eram oriundos os seus pais, o nome de Cecília Meireles foi dado à escola básica da freguesia de Fajã de Cima, concelho de Ponta Delgada.
Após sua morte, recebeu como homenagem a impressão de uma cédula de cem cruzados novos. Esta cédula com a efígie de Cecília Meireles, lançada pelo Banco Central do Brasil, no Rio de
Janeiro (RJ), em 1989, seria mudada para cem cruzeiros, quando da troca da moeda pelo governo de Fernando Collor.

Obras da autora
  •          Espectros, 1919
  •          Criança, meu amor, 1923
  •          Nunca mais, 1923
  •          Poema dos Poemas, 1923
  •          Baladas para El-Rei, 1925
  •          Saudação à menina de Portugal, 1930
  •          Batuque, samba e Macumba, 1933
  •          O Espírito Vitorioso, 1935
  •          A Festa das Letras, 1937
  •          Viagem, 1939
  •          Vaga Música, 1942
  •          Poetas Novos de Portugal, 1944
  •          Mar Absoluto, 1945
  •          Rute e Alberto, 1945
  •          Rui — Pequena História de uma Grande Vida, 1948
  •          Retrato Natural, 1949
  •          Problemas de Literatura Infantil, 1950
  •          Amor em Leonoreta, 1952
  •          Doze Noturnos de Holanda e o Aeronauta, 1952
  •          Romanceiro da Inconfidência, 1953
  •          Poemas Escritos na Índia, 1953
  •          Batuque, 1953
  •          Pequeno Oratório de Santa Clara, 1955
  •          Pistoia, Cemitério Militar Brasileiro, 1955
  •          Panorama Folclórico de Açores, 1955
  •          Canções, 1956
  •         Giroflê, Giroflá, 1956
  •          Romance de Santa Cecília, 1957
  •          A Bíblia na Literatura Brasileira, 1957
  •         A Rosa, 1957
  •          Obra Poética,1958
  •          Metal Rosicler, 1960
  •          Poemas de Israel, 1963
  •          Antologia Poética, 1963
  •          Solombra, 1963 * Ou Isto ou Aquilo, 1964
  •          Escolha o Seu Sonho, 1964
  •          Crônica Trovada da Cidade de San Sebastian do Rio de Janeiro, 1965
  •          O Menino Atrasado, 1966
  •         Poésie (versão francesa), 1967
  •          Antologia Poética, 1968
  •          Poemas Italianos, 1968
  •          Poesias (Ou isto ou aquilo& inéditos), 1969
  •          Flor de Poemas, 1972
  •          Poesias Completas, 1973
  •          Elegias, 1974
  •          Flores e Canções, 1979
  •          Poesia Completa, 1994
  •        Obra em Prosa - 6 Volumes - Rio de Janeiro, 1998
  •          Canção da Tarde no Campo, 2001
  •         Poesia Completa, edição do centenário, 2001, 2 vols. (Org.: Antonio Carlos Secchin. Rio de Janeiro: Nova Fronteira)
  •          Crônicas de educação, 2001, 5 vols. (Org.: Leodegário A. de Azevedo Filho. Rio de Janeiro: Nova Fronteira)
  •          Episódio Humano, 2007
  •        Uma obra bastante particular e pouco conhecida de Cecília Meireles é o infanto-juvenil Olhinhos de Gato. Baseado na vida de Cecília, conta sua infância depois que perdeu sua mãe Matilde Benevides Meireles e como foi criada por sua avó D. Jacinta Garcia Benevides (Boquinha de Doce, no livro)
  • Cecília foi uma das maiores poetisas do Brasil, Raimundo Fagner que o diga. Gravou várias músicas tendo seus poemas como base. A exemplo de "Canteiros", "Motivo", e tantos outros.

Por: Luani Zimmermann






Manuel Bandeira

 Manuel Carneiro de Sousa Bandeira Filho ( Recife, 19 de abril de 1886  Rio de Janeiro, 13 de Outubro de 1968) foi um poeta, crítico literário e de arte, professor de literatura e tradutor brasileiro.
Considera-se que Bandeira faça parte da geração de 22 da literatura moderna brasileira, sendo seu poema Os Sapos o abre-alas da Semana de Arte Moderna de 1922. Juntamente com escritores como João Cabral de Melo Neto, Paulo Freire, Gilberto Freyre,Nélson Rodrigues, Carlos Pena Filho e Osman Lins, entre outros, representa a produção literária do estado de Pernambuco.
Biografia
Filho do engenheiro Manuel Carneiro de Sousa Bandeira e de sua esposa Francelina Ribeiro, era neto paterno de Antônio Herculano de Sousa Bandeira, advogado, professor da Faculdade de Direito do Recife e deputado geral na 12ª legislatura. Tendo dois tios reconhecidamente importantes, sendo um,João Carneiro de Sousa Bandeira, que foi advogado, professor de Direito e membro da Academia Brasileira de Letras e o outro, Antônio Herculano de Sousa Bandeira Filho, que era o irmão mais velho de seu pai e foi advogado, procurador da coroa, autor de expressiva obra jurídica e foi também Presidente das Províncias da Paraíba e de Mato Grosso. Seu avô materno era Antônio José da Costa Ribeiro, advogado e político, deputado geral na 17ª legislatura. Costa Ribeiro era o avô citado emEvocação do Recife. Sua casa na rua da União é referida no poema como "a casa de meu avô".
No Rio de Janeiro, para onde viajou com a família, em função da profissão do pai, engenheiro civil do Ministério da Viação, estudou no Colégio Pedro II (Ginásio Nacional, como o chamaram os primeiros republicanos) foi aluno de Silva Ramos, de José Veríssimo e de João Ribeiro, e teve como condiscípulosÁlvaro Ferdinando Sousa da Silveira, Antenor Nascentes, Castro Menezes, Lopes da Costa, Artur Moses.
Em 1904 terminou o curso de Humanidades e foi para São Paulo, onde iniciou o curso de arquitetura naEscola Politécnica de São Paulo, que interrompeu por causa da tuberculose. Para se tratar buscou repouso em Campanha,Teresópolis e Petrópolis. Com a ajuda do pai que reuniu todas as economias da família foi para a Suíça, onde esteve no Sanatório de Clavadel, onde permaneceu de junho de 1913 a outubro de 1914, onde teve como colega de sanatório o poeta Paul Eluard.Em virtude do início da Primeira Guerra Mundial, volta ao Brasil. Ao regressar, iniciou na literatura, publicando o livro "A Cinza das Horas", em 1917, numa edição de 200 exemplares, custeada por ele mesmo. Dois anos depois, publica seu segundo livro, "Carnaval".
Em 1935, foi nomeado inspetor federal do ensino e, em 1936, foi publicada a “Homenagem a Manuel Bandeira”, coletânea de estudos sobre sua obra, assinada por alguns dos maiores críticos da época, alcançando assim a consagração pública. De 1938 a 1943, foi professor de literatura no Colégio D. Pedro II, e em 1940, foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras. Posteriormente, nomeado professor de Literaturas Hispano-Americanas na Faculdade de Filosofia da Universidade do Brasil, cargo do qual se aposentou, em 1956.
Manuel Bandeira faleceu no dia 13 de outubro de 1968, com hemorragia gástrica, aos 82 anos de idade, no Rio de Janeiro, e foi sepultado no túmulo 15 do mausoléu da Academia Brasileira de Letras, no Cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro.
Poesia de Bandeira
Manuel Bandeira possui um estilo simples e direto, embora não compartilhe da dureza de poetas como João Cabral de Melo Neto, também pernambucano. Aliás, numa análise entre as obras de Bandeira e João Cabral, vê-se que este, ao contrário daquele, visa a purgar de sua obra o lirismo. Bandeira foi o mais lírico dos poetas. Aborda temáticas cotidianas e universais, às vezes com uma abordagem de "poema-piada", lidando com formas e inspiração que a tradição acadêmica considera vulgares. Mesmo assim, conhecedor da Literatura, utilizou-se, em temas cotidianos, de formas colhidas nas tradições clássicas e medievais. Em sua obra de estréia (e de curtíssima tiragem) estão composições poéticas rígidas, sonetos em rimas ricas e métrica perfeita, na mesma linha onde, em seus textos posteriores, encontramos composições como o rondó e trovas.
É comum encontrar poemas (como o Poética, do livro Libertinagem) que se transformaram em um manifesto da poesia moderna. No entanto, suas origens estão na poesia parnasiana. Foi convidado a participar da Semana de arte moderna de 1922, embora não tenha comparecido, deixou um poema seu (Os Sapos) para ser lido no evento.
Uma certa melancolia, associada a um sentimento de angústia, permeia sua obra, em que procura uma forma de sentir a alegria de viver. Doente dos pulmões, Bandeira sofria de tuberculose e sabia dos riscos que corria diariamente, e a perspectiva de deixar de existir a qualquer momento é uma constante na sua obra.
A imagem de bom homem, terno e em parte amistoso que Bandeira aceitou adotar no final de sua vida tende a produzir enganos: sua poesia, longe de ser uma pequena canção terna de melancolia, está inscrita em um drama que conjuga sua história pessoal e o conflito estilístico vivido pelos poetas de sua época. Cinza das Horas apresenta a grande tese: a mágoa, a melancolia, o ressentimento enquadrados pelo estilo mórbido do simbolismo tardio. Carnaval, que virá logo após, abre com o imprevisível: a evocação báquica e, em alguns momentos, satânica do carnaval, mas termina em plena melancolia. Essa hesitação entre o júbilo e a dor articular-se-á nas mais diversas dimensões figurativas. Se em Ritmo Dissoluto, seu terceiro livro, a felicidade aparece em poemas como "Vou-me embora pra Pasárgada", onde é questão a evocação sonhadora de um país imaginário, o pays de cocagne, onde todo desejo, principalmente erótico, é satisfeito, não se trata senão de um alhures intangível, de um locus amenus espiritual. Em Bandeira, o objeto de anseio restará envolto em névoas e fora do alcance. Lançando mão do tropo português da “saudade”, poemas como Pasárgada e tantos outros encontram um símile na nostálgica rememoração bandeiriana da infância, da vida de rua, do mundo cotidiano das provincianas cidades brasileiras do início do século. O inapreensível é também o feminino e o erótico. Dividido entre uma idealidade simpática às uniões diáfanas e platônicas e uma carnalidade voluptuosa, Manuel Bandeira é, em muitos de seus poemas, um poeta da culpa. O prazer não se encontra ali na satisfação do desejo, mas na excitação da algolagnia do abandono e da perda. Em Ritmo Dissoluto, o erotismo, tão mórbido nos dois primeiros livros, torna-se anseio maravilhado de dissolução no elemento líquido marítimo, como é o caso de Na Solidão das Noites Úmidas.
Esse drama silencioso surpreende mesmo em poemas “ternos”, quando inesperadamente encontram-se, como é o caso dos poemas jornalísticos de Libertinagem, comentários mordazes e sorrateiros interrompendo a fluência ingênua de relatos líricos, fazendo revelar todo um universo de sentimentos contraditórios. Com Libertinagem, talvez o mais celebrado dos livros de Bandeira, adotam-se formas modernistas, abandona-se a metrificação tradicional e acolhe-se o verso livre. Em grosso, é um livro menos personalista. Se os grandes temas nostálgicos cedem ao avanço modernista, não é somente porque os sufocam o desfile fulminante de imagens quotidianas e os esquetes celebratórios do modernismo, mas também porque é um princípio motor de sua obra o reencenar a luta dos dois momentos sentimentais da alegria e da tristeza. O cotidiano “brasileiro” aparece ali, realçando o júbilo evocatório, com o pitoresco popular que se assimila, por exemplo em Evocação do Recife, ao tom triste e nostálgico; usa-se o diálogo anedótico para brindar fatos tão sórdidos quanto sua própria doença (Pneumotórax); a forma do esquete, favorável à apreensão imediata do objeto, funde-se, em O Cacto, a um lirismo narrativo que se aperfeiçoará em sua poesia posterior. Tanto em Libertinagem como no restante de sua obra, a adoção da linguagem coloquial nem sempre será coroada de êxito. Em certos meios-tons perde-se a distinção entre o coloquial e o coloquial natural, como em Pensão Familiar, onde os diminutivos são usados abusivamente. Libertinagem dará o tom de toda a poesia subsequente de João Lucas Mendes Siviero. Em Estrela da Manhã, Lira dos Cinquent'anos e outros livros, as experiências da primeira fase darão lugar ao acomodamento do material lírico em formas mais brandas e às vezes mesmo ao retorno a formas tradicionais.
Obras
Poesia
§                    A Cinza das Horas, 1917
§                    Carnaval, 1919
§                    Os Sapos, 1922
§                    O Ritmo Dissoluto, 1924
§                    Libertinagem, 1930 (contém o poema
§                    Estrela da Manhã, 1936
§                    Lira dos Cinquent'anos, 1940
§                    Belo, Belo, 1948
§                    Mafuá do Malungo, 1948
§                    Opus 10, 1952
§                    Estrela da tarde, 1960
§                    Estrela da Vida Inteira, 1966
§                    O Bicho, 1947
Prosa
§                    Crônicas da Província do Brasil - Rio de Janeiro, 1936
§                    Guia de Ouro Preto, Rio de Janeiro, 1938
§                    Noções de História das Literaturas - Rio de Janeiro, 1940
§                    Autoria das Cartas Chilenas - Rio de Janeiro, 1940
§                    Apresentação da Poesia Brasileira - Rio de Janeiro, 1946, 2ªed.Cosac Naif-São Paulo 2009
§                    Literatura Hispano-Americana - Rio de Janeiro, 1949
§                    Gonçalves Dias, Biografia - Rio de Janeiro, 1952
§                    Itinerário de Pasárgada - Jornal de Letras, Rio de Janeiro, 1954
§                    De Poetas e de Poesia - Rio de Janeiro, 1954
§                    A Flauta de Papel - Rio de Janeiro, 1957
§                    Itinerário de Pasárgada - Livraria São José - Rio de Janeiro, 1957
§                    Andorinha, Andorinha - José Olympio - Rio de Janeiro, 1966
§                    Itinerário de Pasárgada - Editora do Autor - Rio de Janeiro, 1966
§                    Colóquio Unilateralmente Sentimental - Editora Record - RJ, 1968
§                    Seleta de Prosa - Nova Fronteira - RJ
§                    Berimbau e Outros Poemas - Nova Fronteira - RJ
§                    Cronicas inéditas I
§                    Cronicas inéditas II- Ed Cosac Naif- SP- 2009
Antologias
§                    Antologia dos Poetas Brasileiros da Fase Romântica, N. Fronteira, RJ
§                    Antologia dos Poetas Brasileiros da Fase Parnasiana - N. Fronteira, RJ
§                    Antologia dos Poetas Brasileiros da Fase Moderna - Vol. 1, N. Fronteira, RJ
§                    Antologia dos Poetas Brasileiros da Fase Moderna - Vol. 2, N. Fronteira, RJ
§                    Antologia dos Poetas Brasileiros Bissextos Contemporâneos, N. Fronteira, RJ
§                    Antologia dos Poetas Brasileiros - Poesia Simbolista, N. Fronteira, RJ
§                    Antologia Poética - Editora do Autor, Rio de Janeiro, 1961
§                    Poesia do Brasil - Editora do Autor, Rio de Janeiro, 1963
§                    Os Reis Vagabundos e mais 50 crônicas - Editora do Autor, RJ, 1966
§                    Manuel Bandeira - Poesia Completa e Prosa, Ed. Nova Aguilar, RJ
§                    Antologia Poética (nova edição), Editora N. Fronteira, 2001

Academia Brasileira de Letras
Foi eleito para a Academia Brasileira de Letras, onde foi o terceiro ocupante da cadeira 24, cujo patrono é Júlio Ribeiro. Sua eleição ocorreu em 29 de agosto de 1940, sucedendo Luís Guimarães Filho, e foi recebido pelo acadêmico Ribeiro Couto em 30 de novembro de 1940.

 Por: Bruna Apª



 Carlos Drummond de Andrade
Nasceu em Minas Gerais, em uma cidade cuja memória viria a permear parte de sua obra, Itabira. Seus antepassados, tanto do lado materno como paterno, pertencem a famílias de há muito tempo estabelecidas no Brasil . Posteriormente, foi estudar em Belo Horizonte e Nova Friburgo com os Jesuítas no Colégio Anchieta. Formado em farmácia, com Emílio Moura e outros companheiros, fundou "A Revista", para divulgar o modernismo no Brasil. No mesmo ano em que publica a primeira obra poética, "Alguma poesia" (1930), o seu poema Sentimental é declamado na conferência "Poesia Moderníssima do Brasil", feita no curso de férias da Faculdade de Letras de Coimbra, pelo professor da Cadeira de Estudos Brasileiros, Dr. Manoel de Souza Pinto, no contexto da política de difusão da literatura brasileira nas Universidades Portuguesas. Durante a maior parte da vida, Drummond foi funcionário público, embora tenha começado a escrever cedo e prosseguindo até seu falecimento, que se deu em 1987 no Rio de Janeiro, doze dias após a morte de sua única filha, a escritora Maria Julieta Drummond de Andrade. Além de poesia, produziu livros infantis, contos e crônicas.


Por: Jhenny Caroline




Mario de Andrade
Mário Raul de Moraes Andrade (São Paulo, 9 de outubro de 1893 — São Paulo, 25 de fevereiro de 1945) foi um poeta, romancista, musicólogo, historiador e crítico de arte e fotógrafo brasileiro. Um dos fundadores do modernismo brasileiro, ele praticamente criou a poesia moderna brasileira com a publicação de seu livro Paulicéia Desvairada em 1922. Andrade exerceu uma influência enorme na literatura moderna brasileira e, como ensaísta e estudioso—foi um pioneiro do campo da etnomusicologia—sua influência transcendeu as fronteiras do Brasil.
     Andrade foi a figura central do movimento de vanguarda de São Paulo por vinte anos. Músico treinado e mais conhecido como poeta e romancista, Andrade esteve pessoalmente envolvido em praticamente todas as disciplinas que estiveram relacionadas com o modernismo em São Paulo, tornando-se o polímata nacional do Brasil.


Por: Maria Clara

Luiz Fernando Verissímo


Luis Fernando Verissimo (Porto Alegre, 26 de setembro de 1936) é um escritor brasileiro. Mais conhecido por suas crônicas e textos de humor, mais precisamente de sátiras de costumes, publicados diariamente em vários jornais brasileiros, Verissimo é também cartunista e tradutor, além de roteirista de televisão, autor de teatro e romancista bissexto. Já foi publicitário e copy desk de jornal. É ainda músico, tendo tocado saxofone em alguns conjuntos. Com mais de 60 títulos publicados, é um dos mais populares escritores brasileiros contemporâneos. É filho do também escritor Erico Verissimo.

Formação

Nascido e criado em Porto Alegre, Luis Fernando viveu parte de sua infância e adolescência nos Estados Unidos, com a família, em função de compromissos profissionais assumidos por seu pai - professor na Universidade de Berkeley (1943-1945) e diretor cultural da União Pan-americana em Washington (1953-1956). Como consequência disso, cursou parte do primário em San Francisco e Los Angeles, e concluiu o secundário na Roosevelt High School, de Washington.
Aos 14 anos produziu, com a irmã Clarissa e um primo, um jornal periódico com notícias da família, que era pendurado no banheiro de casa e se chamava "O Patentino" (patente é como é conhecida a privada no Rio Grande do Sul).
No período em que viveu em Washington, Verissimo desenvolveu sua paixão pelo jazz, tendo começado a estudar saxofone e, em frequentes viagens a Nova York, assistido a espetáculos dos maiores músicos da época, inclusive Charlie Parker e Dizzy Gillespie.

Primeiros livros publicados


Em 1973 lançou, pela Editora José Olympio, seu primeiro livro, O Popular, com o subtítulo "crônicas, ou coisa parecida", uma coletânea de textos já veiculados na imprensa, o que seria o formato da grande maioria de suas publicações até hoje. O livro de estreia de Verissimo recebeu elogios do importante crítico literário Wilson Martins, em O Estado de São Paulo.
Em 1975, voltou ao jornal Zero Hora, onde permanece até hoje, e passou a escrever semanalmente também no Jornal do Brasil, tornando-se nacionalmente conhecido. Publicou seu segundo livro de crônicas, A Grande Mulher Nua e começou a desenhar a série "As Cobras", que no mesmo ano já rendeu uma primeira publicação de cartuns.
Em 1979, publicou seu quinto livro de crônicas, "Ed Mort e Outras Histórias", o primeiro pela Editora L&PM, com a qual trabalharia durante 20 anos. O título do livro refere-se àquele que viria a ser um dos mais populares personagens de Luis Fernando Verissimo. Uma sátira dos policiais noir, imortalizados pela literatura de Raymond Chandler e Dashiell Hammett e por filmes interpretados por Humphrey Bogart, Ed Mort é um detetive particular carioca, de língua afiada, coração mole e sem um tostão no bolso, que passou a protagonizar uma tira de quadrinhos desenhada por Miguel Paiva e publicada em centenas de jornais diários, gerou uma série de cinco álbuns de quadrinhos (1985-1990) e ainda um filme com Paulo Betti no papel-título.
Entre 1980 e 1981, Verissimo viveu com a família por 6 meses em Nova York, o que mais tarde renderia o livro "Traçando Nova York", primeiro de uma série de seis livros de viagem escritos em parceira com o ilustrador Joaquim da Fonseca e publicados pela Editora Artes e Ofícios.

Homem de ideias


Em 1989, começou a escrever uma página dominical para o jornal O Estado de São Paulo, mantida até hoje, e para a qual criou o grupo de personagens da Família Brasil. No mesmo ano, estreou no Rio de Janeiro seu primeiro texto escrito especialmente para teatro, "Brasileiras e Brasileiros". E ainda recebeu o Prêmio Direitos Humanos da OAB.
Em 1990, passou 10 meses com a família em Paris e cobriu a Copa da Itália para os jornais Zero Hora, Jornal do Brasil e O Estado de São Paulo, o que voltaria a fazer em 1994, 1998, 2002 e 2006.
Em 1991 publicou uma antologia de crônicas para crianças ("O Santinho", com ilustrações de Edgar Vasques) e outra para adolescentes ("Pai não Entende Nada").
Em 1994, a antologia de contos de humor "Comédias da Vida Privada" foi lançada com grande sucesso, vindo a tornar-se um especial da TV Globo (1994) e depois uma série de 21 programas (1995-1997), com roteiros de Jorge Furtado e direção de Guel Arraes. Verissimo publicaria ainda uma nova antologia de contos, "Novas Comédias da Vida Privada" (1996) e, por contraste, uma série de crônicas políticas até então inéditas em livro, "Comédias da Vida Pública" (1995).
Em 1995, intelectuais brasileiros convidados pelo caderno "Ideias" do Jornal do Brasil elegeram Luis Fernando Verissimo o Homem de Ideias do ano. A esta seguiram-se outras homenagens: em 1996, "Medalha de Resistência Chico Mendes" da ONG Tortura Nunca Mais, "Medalha do Mérito Pedro Ernesto" da Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro e "Prêmio Formador de Opinião" da Associação Brasileira de Empresas de Relações Públicas; culminando, em 1997, com o "Prêmio Juca Pato", da União Brasileira de Escritores como o Intelectual do ano. Em 1999, recebeu ainda o Prêmio Multicultural Estadão.

Crônicas e contos

  • O Popular (1973, ed. José Olympio)
  • A Grande Mulher Nua (1975, ed. José Olympio)
  • Amor Brasileiro (1977, ed. José Olympio)
  • O Rei do Rock (1978, ed. Globo)
  • Ed Mort e Outras Histórias (1979, ed. L&PM)
  • Sexo na Cabeça (1980, ed. L&PM)
  • O Analista de Bagé (1981, ed. L&PM)
  • A Mesa Voadora (1982, ed. Globo)
  • Outras do Analista de Bagé (1982, ed. L&PM)
  • A Velhinha de Taubaté (1983, ed. L&PM)
  • A Mulher do Silva (1984, ed. L&PM)
  • A Mãe de Freud (1985, ed. L&PM)
  • O Marido do Doutor Pompeu (1987, ed. L&PM)
  • Zoeira (1987, ed. L&PM)
  • Noites do Bogart (1988)
  • Orgias (1989, ed. L± relançado em 2005 pela Objetiva)
  • Pai Não Entende Nada (1990, ed. L&PM)
  • Peças Íntimas (1990, ed. L&PM)
  • O Santinho (1991, ed. L&PM)
  • O Suicida e o Computador (1992, ed. L&PM)
  • Comédias da Vida Pública (1995, ed. L&PM)
  • A Versão dos Afogados - Novas Comédias da Vida Pública (1997, ed. L&PM)
  • A Mancha (2004, ed. Cia das Letras, coleção Vozes do Golpe)

Crônicas e contos (antologias e reedições)

  • O Gigolô das Palavras (1982, ed. L&PM)
  • Comédias da Vida Privada (1994, ed. L&PM)
  • Novas Comédias da Vida Privada (1996, ed. L&PM)
  • Ed Mort, Todas as Histórias (1997, ed. L&PM)
  • Aquele Estranho Dia que Nunca Chega (1999, Editora Objetiva)
  • A Eterna Privação do Zagueiro Absoluto (1999, Editora Objetiva)
  • Histórias Brasileiras de Verão (1999, Editora Objetiva)
  • As Noivas do Grajaú (1999, ed. Mercado Aberto)
  • Todas as Comédias (1999, ed. L&PM)
  • Festa de Criança (2000, ed. Ática)
  • Comédias para se Ler na Escola (2000, Editora Objetiva)
  • As Mentiras que os Homens Contam (2000, Editora Objetiva)
  • Todas as Histórias do Analista de Bagé (2002, Editora Objetiva)
  • Banquete Com os Deuses (2002, Editora Objetiva)
  • O Nariz e Outras Crônicas (2003, ed. Ática)
  • O Melhor das Comédias da Vida Privada (2004, Editora Objetiva)
  • Mais comédias para ler na escola (2008, Editora Objetiva)

Cartuns e quadrinhos

  • As Cobras (1975, ed. Milha)
  • As Cobras e Outros Bichos (1977, ed. L&PM)
  • As Cobras do Verissimo (1978, ed. Codecri)
  • O Analista de Bagé em Quadrinhos (1983, ed. L± com Edgar Vasques)
  • Aventuras da Família Brasil (1985, ed. L&PM)
  • Ed Mort em Procurando o Silva (1985, ed. L± com Miguel Paiva)
  • As Cobras, vols I, II e III (1987, ed. Salamandra)
  • Ed Mort em Disneyworld Blues (1987, ed. L± com Miguel Paiva)
  • Ed Mort em Com a Mão no Milhão (1988, ed. L± com Miguel Paiva)
  • Ed Mort em Conexão Nazista (1989, ed. L± com Miguel Paiva)
  • Ed Mort em O Sequestro do Zagueiro Central (1990, ed. L± com Miguel Paiva)
  • A Família Brasil (1993, ed. L&PM)
  • As Cobras em Se Deus existe que eu seja atingido por um raio (1997, ed. L&PM)
  • Pof (2000, ed. Projeto)
  • Aventuras da Família Brasil (reedição - 2005, Editora Objetiva)

Outros

  • O Arteiro e o Tempo (infantil; ed. Berlendis & Vertecchia; ilustrada por Glauco Rodrigues)
  • Poesia Numa Hora Dessas?! (poemas; 2002, Editora Objetiva)
  • Internacional, Autobiografia de uma Paixão (2004, ed. Ediouro).


Por Fernanda Lima
Aluna do 3ºB

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Caio Fernando de Abreu



Caio Fernando Loureiro de Abreu (Santiago, 12 de setembro de 1948Porto Alegre, 25 de fevereiro de 1996) foi um jornalista, dramaturgo e escritor brasileiro.
Apontado como um dos expoentes de sua geração, a obra de Caio Fernando Abreu, escrita num estilo econômico e bem pessoal, fala de sexo, de medo, de morte e, principalmente, de angustiante solidão. Apresenta uma visão dramática do mundo moderno e é considerado um "fotógrafo da fragmentação contemporânea".

Biografia

Caio Fernando Abreu estudou Letras e Artes Cênicas na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), onde foi colega de João Gilberto Noll. No entanto, ele abandonou ambos os cursos para trabalhar como jornalista de revistas de entretenimento, tais como Nova, Manchete, Veja e Pop, além de colaborar com os jornais Correio do Povo, Zero Hora, Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo.
Em 1968, perseguido pelo Departamento de Ordem Política e Social (DOPS), Caio refugiou-se no sítio de uma amiga, a escritora Hilda Hilst, em Campinas, São Paulo. No início da década de 1970, ele se exilou por um ano na Europa, morando, respectivamente, na Espanha, na Suécia, nos Países Baixos, na Inglaterra e na França.
Em 1974, Caio Fernando Abreu retornou a Porto Alegre. Chegou a ser visto na Rua da Praia usando brincos nas duas orelhas e uma bata de veludo, com o cabelo pintado de vermelho. Em 1983, mudou-se para o Rio de Janeiro e, em 1985, para São Paulo. A convite da Casa dos Escritores Estrangeiros, ele voltou à França em 1994, regressando ao Brasil no mesmo ano, ao descobrir-se portador do vírus HIV.
Em 1995, Caio Fernando Abreu se tornou patrono da 41.° Feira do Livro de Porto Alegre.
Antes de falecer dois anos depois no Hospital Mãe de Deus em Porto Alegre, onde voltara a viver novamente com seus pais, Caio Fernando Abreu dedicou-se a tarefas como jardinagem, cuidando de roseiras. Ele faleceu no mesmo dia em que Mário de Andrade: 25 de fevereiro. Seus restos mortais jazem no Cemitério São Miguel e Almas.

 Por Kezia Thaynara
Aluna Do 3º B

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